quarta-feira, 3 de julho de 2013

Lido: Ficções, nº 15

O número 15 da revista Ficções (bibliografia) foi, para mim, feito de altos e baixos. Começa muito bem, com uma série de contos que, embora muito diferentes uns dos outros, acabam por ser todos (bem, com uma exceção) de leitura agradável, mas depois do conto de Dick a coisa descamba, com dois contos que não me agradaram de todo e um trio de textos de Beckett que, embora proporcionem uma experiência linguística de todo invulgar e de muito elevada qualidade, pouco me deram além disso. Como é natural, em todos os números da Ficções há contos que me agradam mais e outros menos. Isso é inerente a todas as compilações de contos, em especial às que juntam diversos autores. No entanto, não é comum encontrar nesta revista histórias que me desagradem tão violentamente como aconteceu com Fim-de-Semana. E também não é comum encontrar-se seja em que publicação for contrastes tão violentos como os que aqui existem entre a língua em estado puro de Beckett e as ideias em estado puro de Dick ou entre a aguda consciência social de Bellow e a futilidade burguesa de Weldon e Welty.

A impressão geral foi, pois, de grande desequilíbrio. Talvez tenha sido propositado, numa tentativa de conferir versatilidade à seleção, mas a verdade é que o achei excessivo.

Somando tudo, este número da revista acabou por me saber a pouco. Também porque a componente literária que mais interesse costuma despertar-me, o fantástico nas suas várias vertentes, se encontra aqui pouco presente, mesmo havendo a invulgar presença de um conto de ficção científica. Também por isso.

Eis o que achei de cada um dos textos:
Esta revista foi comprada.

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