quinta-feira, 6 de junho de 2013

Lido: Verona: Fala Uma Rapariga

Verona: Fala Uma Rapariga é um conto do americano Harold Brodkey que descreve uma viagem. Narrado na primeira pessoa por uma rapariga, como o título indica, descreve os sentimentos e impressões dessa rapariga ao longo de uma viagem por Itália, que a família (ou, melhor dizendo, o pai, pois parece que só o pai teve voto nessa matéria) decide fazer. Uma viagem de ricos sem que, segundo ela, a família o seja. E que tem a sua apoteose quando ela como que se transforma em poleiro para um grande bando de pombos, numa imobilidade quase a rebentar de entusiasmo. E assim se descobre a felicidade.

E eu li e, ao acabar, acorreu-me a ideia que me ocorre com demasiada frequência ao ler contos mainstream: "e daí?" Porreiro, um conto sobre a infância, e daí? OK, um conto bem escrito, e daí? Que obtive eu disto? E a resposta é: nada. Há contos que, não sendo vazios, são-no para alguns dos seus leitores. Há contos que, mesmo se não forem medíocres, acabam por sê-lo para parte dos que os leem. E no universo das minhas leituras, ler este conto não aqueceu nem arrefeceu. Foram minutos de vida que se gastaram sem qualquer impacto. Dentro de dias estará completamente esquecido.

Meh.

Contos anteriores desta publicação:

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