sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Lido: O Maior Espectáculo do Mundo

Voltamos aos contos de Alexandra Pereira, e mais uma vez, a primeira coisa que se lê a seguir ao título é uma dedicatória. Esta, porém, vem com diferenças. Não só se dirige a um vivo, como não se trata de alguém oriundo da vida literária. Trata-se de um músico, Arild Andersen, contrabaixista de jazz que eu não conhecia apesar de gostar muito de jazz (o contrabaixo é um instrumento a que não ligo muito — faço mal, bem sei — e o reconhecimento dos seus executantes sofre com isso). E faz todo o sentido, pois o conto desenrola-se em torno de um espetáculo musical no qual um contrabaixista é basicamente o protagonista.

Bem escrito como é costume, este conto é mais reflexão sobre o que é o espetáculo, e logo O Maior Espectáculo do Mundo, nada menos que isso, e que tipo de pessoas (e de sociedade) sai de casa para a ele assistir do que propriamente uma história, mesmo havendo, como há, umas pitadas de realismo mágico a dar-lhe um pouco mais de sabor, na figura de um índio, possivelmente um xamã, que parece ser fundamental (ou será que não?) para o bom sucesso da atuação. Outro conto com o seu interesse, em suma.

Contos anteriores deste livro:

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