domingo, 21 de agosto de 2016

Um mês de Fantástico Algarve

Cumpre-se hoje um mês desde que arrancou o Fantástico Algarve. Na altura, escrevi aqui na Lâmpada que a coisa partia com um conjunto de 10 autores identificados, sendo que desses 10 um era eu e outro o meu pai. Também escrevi que seria um projeto lento, provavelmente inativo durante largos períodos, e que se destinava em parte a suprir lacunas no meu conhecimento sobre a literatura fantástica produzida por pessoas com ligação direta ao Algarve. Julgava que antes do site entrar na fase lenta haveria material para menos de um mês de atividade contínua, só a colocar no site o material já conhecido e, eventualmente, algum que me surgisse entretanto sob o radar.

Mas enganei-me.

Um mês mais tarde, os 10 autores identificados subiram a 22 e o material já identificado à espera de vez para ser incluído dá para mais umas duas semanas, mais coisa menos coisa, à velocidade a que a compilação tem vindo a ser feita. Entre este e o que já lá se encontra, e apesar de algum já constar do Bibliowiki ou fazer parte do vasto manancial de material identificado para inclusão no wiki mas ainda não incluído por falta de tempo, muito era-me desconhecido até agora.

O Fantástico Algarve também serviu para eu me pôr a fazer uma coisa que tenho vindo a adiar por ser das atividades mais chatas no trabalho com o Bibliowiki: procurar completar a informação biográfica que existe (ou não) sobre os autores já incluídos. Isto porque continuo convencido de que entre os muitos autores com biografias em falta, total ou parcialmente, deverá haver uma parcela não desprezível de autores com ligação direta ao Algarve. Gostaria de dispor, por exemplo, de alguma informação biográfica sobre a Susana Custódio, autora de um conto intitulado Mistério na Praia da Rocha, ou sobre a Graça de Sousa, autora de Os Monstros da Ilha da Culatra. Se é certo que o ambiente algarvio não implica necessariamente que as autoras sejam de cá, a probabilidade existe. E como elas deve haver mais.

Curiosa é a distribuição dos 22 autores por concelho de nascimento ou radicação. Embora não disponha dessa informação para todos, ela existe para a vasta maioria, e a minha cidade de Portimão segue destacadíssima à frente, com 7 (Faro vem a seguir com... 4). Será viés da amostragem ou realidade? Haverá mesmo mais gente a produzir fantástico em Portimão do que no resto do Algarve, ou será que, por eu ser de cá, descubro mais facilmente os meus conterrâneos que os outros?

Não sei responder a essa questão. Ainda. Porque a ideia é que isto continue a crescer. E pela amostra obtida até agora deverá mesmo continuar, o que era precisamente o que se pretendia.

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