terça-feira, 30 de abril de 2013

Lido: A Expedição dos Mortos

A Expedição dos Mortos (bib.) é uma noveleta de um certo Joachim Hunot, pseudónimo pulp de uma tal Ana Sofia Casaca, ela própria, provavelmente, pseudónimo de alguém. A história, aventureiresca e cheia de acção, como convém, é um pastiche das ficções pulp de meados do século XX e mistura um vago lovecraftismo com um ambiente e um enredo muito reminiscente dos filmes do Indiana Jones. Resumidamente, a noveleta começa em Lisboa, onde se desenrola uma competição entre várias agências secretas pela captura de um homem, académico, cujo objeto de estudo é o Necronomicon. A ideia é este vir a ser útil na recuperação do livro, que teria sido localizado algures em Goa. Segue-se a expedição a que o título faz referência, um velho templo arruinado com as armadilhas mortíferas a que o velho Indiana tão bem se escapava, etc., tudo temperado com reviravoltas, traições e cenas de pancadaria q.b.

Clichés com fartura, portanto, como seria de esperar. O próprio texto, também como seria de esperar, mostra fragilidades e ingenuidades, embora não seja propriamente mau. E tudo somado, estamos em presença de mais um bom pastiche, dotado de precisamente as qualidades e defeitos da verdadeira pulp fiction. Não posso dizer que tenha gostado, e não vale a pena explicar mais uma vez porquê, mas julgo que cumpre o objetivo de forma inteiramente satisfatória.

Conto anterior deste livro:

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